sábado, 23 de fevereiro de 2013

Por que, afinal, Ensino Religioso?




2.1 O FENÔMENO RELIGIOSO[1]
            Se há alguns anos a religião estava fora de evidência, como um assunto de menor importância, não nos parece que vivamos situação igual em nosso tempo. No Brasil, em época eleitoral, candidatos fazem acordos com lideranças religiosas de diferentes denominações para angariar votos.
            Publicações científicas apontam para a existência de áreas específicas no cérebro humano sensíveis à ideia do sobrenatural; setores da medicina voltam a aceitar a importância da fé religiosa como elemento auxiliar na cura.
            Ao mesmo tempo, aspectos obscuros do mesmo fenômeno mesclados com a política e com interesses de ordem econômica nos fazem descortinar diante dos olhos eventos de horror: aviões propositalmente lançados contra edifícios na maior potência cristã, por militantes extremistas muçulmanos; a maior potência cristã invade o Iraque para combater o “Império do Mal”, com pronunciamento do seu Presidente que qualifica a ação militar como uma “Cruzada”, trazendo à atualidade as medievais disputas entre a cristandade e o Islã; Jerusalém é partida em setores distintos de controle cristão, judeu e muçulmano.
Tudo isto traz o fenômeno religioso para a arena das atenções do nosso tempo, e faz com que seja assunto não apenas afeto a seu sentido primeiro – o religioso, mas também à política, à economia, à guerra...
            Estudar o fenômeno religioso na História, portanto, não é uma questão religiosa. Esta, deixemo-la aos teólogos. Ocupemo-nos dos aspectos políticos, culturais e econômicos desse fenômeno, que impuseram modificações no curso da história das sociedades e que impactam nos dias atuais.
            



[1] ESTADO DE SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação. Caderno Pedagógico de história. p. 14-15.

por: Prof. Douglas

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